Hoje o blog completa quatro anos de atividade! Embora soe piegas, não é falso dizer que encontramos e continuamos a encontrar muita alegria neste caminho. É verdade que as postagens por aqui diminuíram, e isto fundamentalmente por conta das demais frentes de trabalho que desenvolvemos (se quiser conferir, veja aqui e aqui), mas o dia a dia do homeschool permanece firme e forte, abundante em bons frutos.

Assim, venho compartilhar com vocês, nossos fiéis leitores, a recente descoberta de dois livros que podem ajudá-los com os estudos das crianças.


Ainda que eu evite tanto quanto possível as adaptações (e nesta palestra eu explico o porquê), o primeiro deles é uma versão adaptada para crianças de Divina comédia. “Oh! Meu Deus! A Divina comédia para crianças! As pobrezinhas terão pesadelos!”. Sim, eu também tive receio e até guardei o livro em um primeiro momento (não em função da Chloe, mas pensando no Benjamin), contudo, o próprio Benjamin foi atrás do livro e, folheando-o, ficou interessadíssimo. Desde então temos lido umas quatro páginas por dia, ele tem gostado muito e em momento algum teve medo ou pesadelos. Pelo contrário, o livro nos deu ocasião para falarmos sobre muitos pecados, sobre a justiça e misericórdia divinas.

Enfim, percebi que a Divina comédia, ainda que adaptada, tem sido uma boa introdução ao clássico de Dante e uma fonte de reflexões importantes e necessárias. Para quem pretende utilizar a metodologia clássica no homeschool, trata-se de uma boa ferramenta para um primeiro contato, para uma visão geral do conteúdo do livro. Sem mencionar as excelentes, maravilhosas ilustrações. Claro, cada pai e mãe precisa avaliar se tal obra convém aos seus filhos na idade em que estão ou não. Além dela, há ainda A Ilíada, A Odisséia, A Eneida e Os cavaleiros da távola redonda na mesma coleção, pela Editora Paulinas.

O segundo livro foi indicação da amiga Waleska Montenegro (seu perfil é
um verdadeiro baú de excelentes sugestões de materiais e livros para
crianças menores) e o temos usado com o Nathaniel, agora que ele
resolveu “escrever letras”. Trata-se do Aprendo a contar,
que serve, basicamente, para treinar o traçado dos números infinitas
vezes, pois sua superfície é plastificada e permite que apaguemos o que
foi escrito. Além dele, há também o Aprendendo a ler, que
trabalha o traçado das letras. Ambos são bilingues, o que auxilia
àqueles que querem introduzir algum vocabulário em inglês nas atividades
das crianças.

A única coisa ruim é que a caneta que acompanha o livrinho veio completamente esgotada, de modo que temos usado uma caneta molhada para fazer os exercícios (mas uma canetinha comum deve resolver o problema, imagino eu).

Espero que as sugestões tenham sido úteis. Até breve!

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  1. Camila, tudo bem? Eu acompanho algumas postagens e estou me introduzindo aos poucos no tema.
    Sou solteira ainda, mas me interesso muito pelo homeschooling, principalmente por ter formação em educação e trabalhar em uma escola pública com aula de Arte (lá percebo que não quero que meus filhos precisem ir para a escola).
    Bom, ainda existem em mim alguns vestígios da minha formação como educadora (infelizmente) e quando vi sua indicação de livro com as repetições dos números e letras, lembrei-me de alguns pedagogos que condenam esse tipo de método e sugerem atividades como caixa de areia para a criança escrever e apagar, modelagem dos números e letras em massinha, alinhavo dos mesmo… Todos justificam com a necessidade do contato da criança com outros materiais e que essas atividades proporcionam muito melhor desenvolvimento da escrita do que a repetição propriamente.
    Como admiradora do seu trabalho, gostaria muito de saber sua opinião.
    Muito obrigada! Salve Maria!

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