Não estava em meus planos voltar a escrever aqui no blog, depois de tantos dias ausente, sobre esse assunto, pois tenho coisa mais interessante para falar. No entanto, uma notícia de tamanho absurdo não pode passar em brancas nuvens nem ficar restrita ao espaço do facebook.

O fato, meus caros, é que a UNESCO, aquela mesma Organização amplamente citada no livro Maquiavel Pedagogo como uma das responsáveis pela destruição da educação mundial e pela instauração das políticas de sexualização da infância, entre outras pérolas, agora, assumindo de vez e para não deixar mais nenhuma dúvida quanto aos seus comprometimentos ideológicos, resolveu eleger os escritos de Ernesto “Che” Guevara, o conhecido carnicero de la cabaña, como patrimônio da humanidade no Programa Memória do Mundo.
Para quem duvida, leia a notícia integral publicada pela Folha e copiada aqui:
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
(Unesco) incluiu, em cerimônia realizada nesta sexta-feira em Havana, os
escritos de Ernesto “Che” Guevara no Programa Memória do Mundo. Com
isso, os manuscritos do médico argentino convertido em líder
revolucionário são reconhecidos agora como patrimônio da humanidade.

O Programa Memória do Mundo possui quase 300 documentos e compilações
de cinco continentes. Os textos de Che estão entre as 54 novas adições
de 2013.

Os manuscritos incluem seus “Diários de Motocicleta” e os registros
feitos nas montanhas da Bolívia antes de sua execução, em 1967.

O reconhecimento dos manuscritos de Che como patrimônio da humanidade
faz com que esses documentos passem a contar com o apoio da Unesco para
sua proteção e sua preservação.

A viúva, a esposa e o filho de Che estiveram presentes à cerimônia
promovida hoje pela Unesco na capital cubana. Fonte: Associated Press.

E clicando aqui, você pode ver no próprio site da UNESCO a nova lista.

O que esperar de uma Organização de ciência, educação e cultura que inclui de uma só vez os escritos de um notável assassino juntamente com uma coleção de testemunhos de vítimas do Holocausto, além de outros 52 itens provenientes das mais diferentes culturas e épocas? Quais critérios são utilizados na seleção de tais “patrimônios”? Seguindo essa “lógica”, Mein Kampf não mereceria idêntico destaque e inclusão? Que relevância educacional, científica, pedagógica ou cultural pode haver nos registros de uma mente perturbada, relativista e imoral como a de Che Guevara? Que sua história deva ser verdadeiramente conhecida e, portanto, desmistificada, é uma coisa. Mas que mérito podem ter papéis desse tipo? É pela qualidade literária neles contida? Duvido muito.
O que a UNESCO pretende ao erigir mais este altar à memória do carniceiro de la cabaña? Por certo não se trata de preservar e difundir um legado que sucitará os melhores sentimentos, os melhores pensamentos e os melhores comportamentos nos jovens e crianças do mundo. Antes, precisamente o contrário.

P.S.: E para quem não sabe direito o que pensar a respeito, deixo aqui alguns outros links a respeito do Che:

Documentário: Che Guevara – Anatomía de un mito
Vídeo breve: Chique de matar: o amor doentio de Hollywood por Che Guevara
Blog: Che Guevara
Livro: Guevara: Misionero de la violencia

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