Somente agora, com meu terceiro filho nos braços, é que finalmente sinto-me pronta, segura o bastante para exercer o papel de mãe. Eu sei que isso soa assustador, e é mesmo, mas não fui preparada e nem busquei preparação para a maternidade. Quando ela chegou, fui descobrindo e entendendo tudo conforme as coisas aconteciam. E se me tivessem advertido a respeito de tudo o que eu aprenderia, erraria e mudaria, provavelmente eu teria me assustado de tal maneira com a consciência de minha ignorância que não iria adiante e viraria, como se diz, mais uma “tia dos gatos”.

Mas Deus é bom e às vezes (só às vezes) a ignorância é uma bênção. Chloe, a piloto de testes da família, é uma menina maravilhosa. E isso muito mais por bondade e misericórdia divinas do que por esforço meu. De verdade. Mesmo.


Assim, faltando poucos dias para o dia das mães, lembro-me de mim mesma e penso no quanto os nossos dias têm se tornado cada vez mais hostis à gravidez, à maternidade, à vida e à família. Para a minha geração, trazer filhos ao mundo é uma opção sem muitas vantagens. Um projeto tão consistente quanto comprar uma bicicleta ou decidir para onde viajar durante as férias. Logo, quando vejo “barrigas” por aí, inevitavelmente reflito sobre tudo isso. E concluo que, neste nosso contexto, não há nem pode haver nada mais contracultural, nada mais revolucionário, nada mais impensável do que desejar um bebê, deixá-lo crescer dentro de si, recebê-lo, amá-lo e educá-lo para se torne alguém exemplar, um motivo de orgulho.
Deixo portanto, o convite para que neste próximo dia 11 de maio estendamos o nosso carinho e o nosso reconhecimento não somente às nossas próprias mães, sogras, madrinhas e afins, mas que tenhamos palavras de encorajamento e conforto às novas mamães, àquelas que estão estreiando, às valentes que apesar de todos os “nãos” disseram “sim” à vida, ao amor, à família. Que elas possam encontrar em nós, nos próximos dias, a alegria, a compaixão e a fé que cada vez menos vemos ao nosso redor.

E aos que não têm a menor ideia de o que fazer para encorajar uma mamãe grávida, deixo aqui algumas dicas bem práticas 😉 :
Saiba que pequenos gestos como os que listei (mas a lista pode ser muito, muito maior!), numa época como a nossa e numa situação de tanta fragilidade quanto a gravidez (e, em especial, a primeira gravidez) podem fazer verdadeiros milagres ao coração da futura mamãe.

Por isso, se você tem alguém do seu círculo que está esperando o primeiro bebê, seja generoso e mostre que ainda há pessoas que amam e valorizam a vida tal como ela é: um presente sagrado de Deus.

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