Este post foi originalmente publicado em meu antigo blog.Trata-se de uma mensagem em resposta a uma amiga que contou-me sobre a decisão de ter um bebê,mas contém alguns conselhos que podem ser úteisa várias pretendentes a mamãe.
Querida ______!
Que grande notícia! Que boa disposição do coração!
Saiba, no entanto, de duas coisas sobre as quais muito pouco se fala,
mas que, na minha modestíssima opinião, são realmente fundamentais:
– A primeira delas é a união entre vocês. Não só ter pai e mãe é
importantíssimo, mas tê-los unidos e, ao máximo possível, em
concordância. É a estabilidade do casal o que por primeiro fornece a
segurança da criança e o desenvolvimento equilibrado de sua
personalidade. Um casal que se separa ou que vive como se separado
estivesse, onde cada um puxa para um lado, desorienta emocional,
psicológica e moralmente a criança. Não é por acaso que de uns anos para
cá o número de pessoas inseguras e/ou que se vitimizam até não mais
poder só tem aumentado! Claro! Os pais deixaram de ser o firme
fundamento de antigamente, abandonando as crianças mais ou menos à
deriva. Por isso, querida amiga, por favor, não me leve a mal, mesmo,
por escrever essas coisas. Mas penso que quando o sonho é grande e
muitíssimo desejado, o cuidado precisa ser proporcional. Não pense que
faço aqui a defesa de um relacionamento ideal, de uma fantasia, de uma
propaganda de margarina impossível de atingir. Não. Meu próprio
casamento não nasceu do modo como acima descrevi. Éramos confusos e
desunidos, mas nos dispusemos a trabalhar juntos, com um coração humilde
e perdoador, em prol do nosso projeto comum, a nossa família. Ou seja,
não acredito em conto de fadas, mas acredito que as circunstâncias podem
ser transformadas, podem ser melhoradas, desde que haja abertura, desejo
e comprometimento. No nosso caso, o eterno ponto de concórdia não foram
os nossos sentimentos, pois esses mudam ao longo do tempo, mas foi a
nossa fé que sempre nos uniu e reuniu, a qual, por ser comum a nós dois,
levou-nos à busca das mesmas práticas: da sinceridade, da humildade, do
perdão, da perseverança. Não sei se vocês têm alguma religião, mas sempre
é bom pensar nesse lado espiritual, que repercute sobre tudo o mais.
– A segunda coisa é a seguinte: o que as crianças mais necessitam,
desde a gestação até a idade adulta, não é de estrutura financeira nem
física, não são dúzias de sapatos, enxovais para 3 crianças, brinquedos
importados, jogos da última moda etc., mas de tempo, de dedicação, de
disposição em deixar-se gastar por amor, tal como a vela, que para
iluminar e aquecer precisa consumir-se, desmanchar-se… O que mais se
vê hoje em dia é justamente o oposto: pais dispostos a dar de tudo aos
filhos, menos entregarem-se a si próprios, e quando o fazem, não é sem
reservas e reclamações. É claro que boas condições ajudam muito, mas
jamais substituirão um coração atento e braços dispostos. É claro também
que o tipo e a quantidade de demandas muda com o tempo, e devemos
adequar-nos a isso, mas a disposição do coração e dos braços deve
permanecer sempre a mesma.
Perdoa-me por escrever tanto! Se
disse algo de que discordas, fica à vontade para me contrariar! Não sou
dona da verdade, mas tenho aprendido muito nestes anos de mamãe em tempo
integral e não posso me omitir em compartilhar aquilo que tanto nos tem
feito bem.
Quando puder, me manda notícias!
Um beijão e um abraço apertado! Que Deus abençoe a vocês dois e ao projeto de vocês! Que venha o baby!
Agora vou mais uma vez, ufa, vou conseguir! Seu blog é muito proveitoso, edificante, ajuda e traz uma visão de quem tem a vivência, muito bom, obrigada por tudo!
Oi, Marcita!
Obrigada pelas palavras enconrajadoras. É bom saber que estou acertando o alvo, que é ajudar outras pessoas. =)
Conte comigo!
Um abraço e que Deus te abençoe!