Queridas,

Que semana puxada! Que semana puxada!

Na quarta-feira, último dia em que atualizei o blog, fiquei totalmente sem voz, com uma dor de garganta daquelas. Na quinta, como normalmente acontece comigo, a dor de garganta virou gripe e a gripe virou sinusite. Para melhorar, Nathaniel resolveu dar um showzinho, descendo mais que o habitual e forçando os meus ossos da bacia e das pernas. Não sei se o comportamento dele foi uma resposta às crises de tosse, só sei que fui proibida, pelo zeloso maridão, de fazer qualquer coisa além do básico do básico, afinal, nosso bebê tem apenas sete meses e não pode nascer agora. Por último, esta foi a segunda semana do Gustavo em um novo trabalho, no qual ele fica até um pouco mais tarde, e eu, com um pouco mais de saudade e um pouco mais sozinha.

Os minutos foram passando e eu, com a cabeça pesada, nem conseguia escrever. A agonia foi crescendo ao ver os talheres limpos acabando, as canecas e copos sujos, a máquina de lavar roupas enchendo e enchendo, o chão de toda a casa implorando por um aspirador e por aí vai. Não, não se engane: estou quilômetros atrás daquelas mães que a casa está sempre um brinco, ainda não me tornei uma Martha Stewart em matéria de eficiência, mas ver o acúmulo de coisas foi me deixando rabugenta e impaciente, especialmente com as crianças.


De repente, porém, na sexta-feira, Deus socorreu-me em meio à minha insensatez, ocorrendo-me, então, o seguinte: para quê a agonia, o mau-humor, a impaciência? No que elas me ajudariam? Respirei fundo (modo de falar, já que ninguém que está congestionado consegue respirar fundo =/ ) e descansei. Pensei comigo mesma: quer saber?, ninguém vai morrer por causa da bagunça, mas talvez alguém nasça antes do tempo se eu não me acalmar, então, vou tratar de fazer o que é seguro (e autorizado =) ) e aproveitar para descansar.


A Chloe, querida, mais uma vez ajudou-me no que pode, aumentando até mesmo a dose de paciência com o Benjamin. Fiz um almocinho simples, mas caprichado, acompanhado de suco natural e com direito a nega-maluca de sobremesa. Dormi por duas horas durante a tarde, sem que as crianças brigassem, sem que a fralda do Benjamin vazasse, sem ninguém vir reclamar de fome e pedir ajudar para pegar/fazer alguma coisa. Acordei mais bem disposta e mais em paz. No sábado, já bem mais disposta, apesar de ainda doente, consegui organizar/limpar algumas coisas, o que reforçou meu bom ânimo e deu outro aspecto para a casa. À tardinha minha cunhada veio para passar o final de semana conosco, o que é de grande ajuda, pois ela e as crianças se amam muito e passam horas brincando. 

Olhei para trás e vi como Deus cuidou de tudo desde sempre, como desde o início Ele esteve me amparando, como mesmo nos meus momentos de intolerância comigo mesma e de falta de paciência com as crianças Ele me ajudou. Repassei os fatos e vi que desde quarta-feira, quando comecei a sentir-me debilitada, não estive sozinha, mas contei com a ajuda de uma irmã da igreja, a Elke, que se ofereceu para levar os pequenos para brincar à tarde (sem o que eu não teria descansado nem conseguido terminar o post sobre “Maquiaval pedagogo”), com as orações de muitas outras pessoas (algumas que nem sequer me conhecem pessoalmente), com a paciência e o carinho de meu marido, com a paciência e o carinho das crianças.


Mais uma vez experimentei a veracidade e o conforto da Palavra de Nosso Senhor ao lembrar que, realmente, “basta a cada dia o seu próprio mal” (Mateus 6:34) e que Nosso Jesus “é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8). Assim, a graça que hoje Ele tem para todas nós é perfeitamente suficiente para nos suprir e nos guiar, bastando que Nele confiemos e a Ele nos submetamos.

Que vocês possam, queridas, provar desta mesma verdade, conforto e alívio na nova semana que hoje se inicia.

Um abraço e até o próximo post!

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