I.
Quando compreendemos com todo o nosso coração que cada filho que nos
chega não é o mero resultado da cópula, um produto biológico da mistura
de pai e mãe, mas uma criatura trazida à vida exclusivamente por vontade
divina, e da qual o aspecto físico é apenas a pequena parcela visível a
que temos acesso, paramos de nos preocupar com dinheiro, com parto, com
casa, com enxoval, com roupas, com o que quer que seja e abraçamos a
vontade de Deus cheios de amor, gratidão e confiança.
Sim, não basta que haja material genético, biológico, humano para que a
vida se faça: o essencial, isto é, a vida propriamente dita, não vem de
nós, mas de Deus. Quando compreendemos isso, percebemos que Ele, e não
nós, é o maior interessado e o maior responsável pelo surgimento da nova
pessoa que se anuncia, de modo que, se Ele a quer, se Ele a deseja, se
Ele a ama com um amor imensurável e enviou o Seu Filho para salvá-la,
quem somos nós para nos inquietarmos e nos amedrontarmos diante do que quer que
seja? Deus cria, Deus governa, Deus ama. Nós apenas cooperamos, ou não,
com o processo.II.
E quando compreendemos isso (que cada filho é fruto da vontade criadora e
amorosa do próprio Deus), é inevitável chegarmos à conclusão de que
todos, TODOS eles, cada um ao seu modo, são bênçãos com propósitos
únicos na história humana, por pequenos ou grandes que sejam. Como não se sentir honrada por poder participar, ainda que de modo pequeno e
imperfeito, de tão incomparável empreendimento divino?! Como não
se sentir, ao mesmo tempo, pequena, pela quantidade de coisas que independem
de nós na criação de um filho, e grande, por participar de algo
desejado pelo Rei do universo?! O que são as dificuldades dessa vida
diante disso?! O que é o sono, a fome, o cansaço, a dor temporários
diante da chance de tornar-se a matriz terrestre de almas eternas,
ajudando-as a crescer e sendo por elas ajudado a vencer-se?! Nada. Nada.
Nada. E mais(!): como cogitar restringir o número daqueles com que Deus sonha
desde sempre?! Esta, penso eu, é a última fronteira para a fé da mulher
contemporânea, a verdadeira entrega irrestrita nos braços de Deus.III.
Não nos admiremos nem nos amedrontemos quando nos encontrarmos diante de
um padre, monge, bispo, frei ou pastor que nos censurar por cuidarmos
de nossa família e por sermos mães de muitos filhos em lugar de
“construirmos uma carreira promissora”, sobretudo se contarmos com a
total anuência de nosso marido. Judas Iscariotes não estava, afinal,
entre os doze discípulos de Jesus? Em outras palavras, não devemos nos
surpreender ao encontrar homens ímpios entre os líderes da Igreja.
Rezemos por eles, para que se convertam enquanto ainda têm tempo, pois
eles realmente precisam, e prossigamos em paz, certas de que antes de
agradar ao mundo e as suas modas, é preferível agradar a Deus.
Deus, maternidade e os lobos em notas soltas
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