De uns tempos para cá, além de lermos diariamente com as crianças diferentes obras e em diferentes momentos, começamos (especialmente o Gustavo) a pedir para que a Chloe lesse em voz alta. Ela já lê bastante todos os dias e por interesse próprio, mas percebemos que era chegada a hora de incentivá-la na aquisição de uma melhor dicção. Assim, hoje, enquanto eu preparava nosso almoço, pedi que Chloe lesse para mim um livro que ela pediu emprestado ao nosso pastor. O livro chama-se “A mancha” e explica que maneira muito acessível, mas não superficial, a questão do pecado. Apesar
de ter uma ilustração a cada duas folhas, não é um livro pequeno para
crianças entre 6 e 7 anos. E por ser bem encadeado e ilustrado, instiga a
criança a prosseguir na leitura.
 
Conversamos bastante ao longo da história, esclarecendo alguns pontos, corrigindo a pronúncia especialmente quanto à pontuação e citando exemplos de situações com “a mancha”. O final da história não poderia ser diferente: traz a cruz e o perdão de Jesus como a única solução total para a mancha.

Recomendo bastante aos pais cristãos que desejam aprofundar a consciência moral de suas crianças e também aos professores de escolas bíblicas dominicais.

Deixo aqui dois dos meus trechinhos favoritos:
“E tem até uns camaradas que ficam tentando jogar as manchas deles pra cima das outras pessoas. Acho que todos nós já tentamos jogar nossa mancha para cima de alguém, ou alguém já tentou jogar a mancha dele em cima da gente. A gente percebe isto quando quer culpar os outros por causa de nossas manchas. Culpamos o mundo, a sociedade, a situação econômica, nosso país, o professor da escola, os pais. Só que ‘jogar o lixo’ no quintal do vizinho não resolve o nosso problema. Pior: faz crescer mais ainda a nossa mancha.
Tentei outras soluções para me livrar da minha mancha. Perguntei para um psicólogo. Ele me disse que não existe mancha alguma. Falou que os meus pais é que foram os culpados pelas manchas de minha vida. Disse também que era só botar para funcionar a minha “força interior” que aí tudo ficaria numa boa… O psicólogo falou bonito pra caramba, mas a mancha ainda ficou lá. Todas as tentativas de acabar com a mancha não deram em nada. Tentei de tudo, esfreguei de todo jeito, mas a mancha continuava lá. Caí na tristeza…”
E não se preocupem. Não é um livro “pesado demais” nem “difícil demais” para uma criança dessa faixa etária. Nós é que, em geral, nos acostumamos a nivelá-los por baixo, de acordo com a época leviana em que vivemos.

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