Hoje à tarde, pela primeira vez nesses mais de dois anos de homeschooling integral, pude experimentar algo que já é perfeitamente corriqueiro entre famílias homeschoolers que vivem em países como Estados Unidos e Canadá: fui a professora dos filhos de uma amiga enquanto ela foi a professora dos meus filhos.

Em países nos quais a prática do homeschool já é uma tradição, é muito comum que famílias amigas apoiem-se e supram-se mutuamente, cada qual amparando a outra com aquilo que tem de melhor a oferecer. Em meu caso, tive a alegria de ministrar minha disciplina favorita, história, para os três filhos mais velhos de minha amiga; ela, por sua vez, supriu os meus dois filhos mais velhos precisamente naquilo que é o meu ponto fraco, isto é, matemática.

Não marquei o tempo no relógio, mas acredito que passou-se bem mais de uma hora de aula. E friso: bem mais de uma hora de aula produtiva e divertida de fato. O melhor de tudo, no entanto, foi o resultado: cinco crianças que puderam aprender um pouco mais na tranquilidade do convívio entre amigos, sem medos, sem gritos, sem interrupções despropositadas, sem horas de deslocamento no trânsito, sem bullying, sem nada de ruim. Apenas estudo, paz e afeto. Apenas aquilo que o ensino de crianças deveria ser, sempre.

E após a aula, diversão!, incluindo também os irmãos menores. A soma total teve como saldo oito crianças brincando felizes, quatro adultos conversando felizes e duas famílias mais unidas e mais felizes ainda. E isso é apenas o começo: na minha família, na família de minha amiga — porque sábado que vem tem mais — e no homeschooling brasileiro — que está apenas a engatinhar.

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