Minha história com a matemática nunca foi feliz. Ensinar a disciplina para a Chloe é, portanto, antes do mais, um esforço de superação, uma nova tentativa diante de um velho fracasso. E como tem sido bom! Claro, estamos vendo conteúdos da segunda série, mas nenhum vestígio emocional do meu passado com a disciplina tem chegado à Chloe. Pelo contrário! Ela a-do-ra matemática! Acho, então, que estou indo pelo caminho certo, não? 😉
Há vários posts atrás incluí dois vídeos da Profa. Margarita Noyes sobre matemática para bebês e crianças pequenas. As dicas ali presentes me serviram de norte para começar as atividades. No entanto, em pouco tempo, Chloe adquiriu, graças à escola, o chamado “cacoete de continhas”, isto é, o achar que matemática é só a aplicação de regras, sem necessidade de pensamento, de reflexão. Por outro lado, eu, na minha limitação, tentei diversificar ao máximo os exercícios, mas mesmo assim não foi o suficiente para remediar a situação.
Foi então que descobri o IXL. O site é todo em inglês, separado por séries e riquíssimo em exercícios. Ah, infelizmente há também um limite de questões gratuitas disponíveis por dia (se não me engano, cerca de 20), de modo que a partir daí é preciso fazer uma assinatura de uns U$ 9,00 mensais. No entanto, mesmo para quem não assina (como eu), o site não fica bloqueado. A resolução das atividades não acontece, mas ao colocar o cursor do mouse sobre os títulos das atividades, você consegue visualizar o exercício e, então, aquilo que você precisa (mais ideias) está disponível.
Tenho usado os exercícios como um modo de mostrar de diferentes maneiras as mesmas coisas: fundamentalmente adição e subtração com unidades, dezenas e centenas. Claro, incluo também em nossas atividades exercícios com os nomes dos números por extenso, para que ela saiba dizer e escrever corretamente os numerais em português.
Enfim, se posso sugerir algo às mamães a partir da minha experiência, deixo aqui o conselho: evite concentrar-se sobre as continhas, mas esforce-se por elaborar/aplicar exercícios que, primeiro, façam as crianças visualizar as quantidades e o processo que está em jogo (soma ou diminuição), pois é a partir daí que as crianção poderão resolver os problemas matemáticos, os quais exigem uma interpretação do texto para compreensão das operações implícitas. Sem isso, prosseguindo só com as continhas, a criança pode até tornar-se bastante hábil na execução da tarefa, mas terá muita dificuldade em lidar com a matemática na realidade, com as questões que nos chegam no dia a dia e que exigem de nós reflexão, sem uma regra explícita a ser aplicada.
Matemática só é instrumento de autonomia quando torna-se um processo executado internamente pela criança, quando ela procura compreender o que lhe é solicitado e qual o caminho que deverá ser seguido para a obtenção do resultado. Do contrário é decoreba, o que nem sempre é o bastante para lidar com as coisas da vida.
Deixo aqui as fotos dos exercícios de ontem, com todos os rabiscos adicionais para explicação das diferentes formas de resolução das questões.
P.S.: E se há algum professor(a) de matemática ou mamãe mais à vontade com a disciplina, por favor, fique à vontade para criticar, sugerir e comentar!