lar” e, no entanto, em lugar do esperado alívio pela missão cumprida, o
que fica é a saudade. Sim, de verdade. Sem afetação. Vocês não imaginam
quão precioso é descobrir-se acompanhada, num certo sentido, por outras
mulheres na inusitada e difícil trajetória de volta ao lar. Sejamos
sinceras: hoje em dia a mulher pode (e deve; ai dela se não!) querer
ser e fazer tudo, menos ficar em casa cuidando de si, do marido, dos
filhos e da casa. Ela pode ser bombeira, médica, astronauta; pode ser
prostituta ou virar homem (?); adotar 100 gatos e abortar todos os
filhos; mas aquela que resolver fazer o que milhões e milhões de outras
mulheres fizeram antes dela ao longo dos séculos, essa, ah!, ela merece
toda a reprovação do mundo!
Mas nada disso é fruto do acaso. Não
chegamos a este ponto acidental ou naturalmente. A continuidade histórica foi
intencionalmente rompida com a revolução sexual da década de 60, e de lá
para cá viemos rolando ladeira abaixo. Das muitas nefastas heranças do
período, creio que a pior é algo que tenho visto em mim mesma e em
muitas de minha geração: uma incrível e triste dificuldade em amar. Nas
últimas décadas aprendeu-se que amar é, de algum modo, usar de todos os
meios possíveis para sentir-se bem; aprendeu-se que felicidade é ter
prazer. Assim, “amo” o outro (seja ele Deus, ou o pai, o marido, o filho, o amigo, o
irmão) quando ele serve aos meus propósitos, quando ele contribuiu para o
meu bem-estar, quando ele “me põe pra cima” – seja lá o que isso queira
dizer; sinto-me feliz quando estou saciada em meus desejos. Caso
contrário, “tchau!”, “a fila anda”, como diriam alguns.
esse tipo de amor não vai longe, não dura muito, pois isola a pessoa em
si mesma e inibe seu crescimento. Sim, compreensões e vivências desse
tipo nos acorrentam à infância ou, quando muito, à adolescência. É um
amor que vive em função de si, em uma eterna busca por aceitação, por
afirmação, de modo que sobra muito pouco espaço para outros além do
próprio eu. É egoísmo. É criancice. É estreiteza. É pequenez. E faz sentido quando se tem 4, 5, 10 ou 12 anos, mas somos
nós, e pior, somos nós agora. Somos eu e você que não aprendemos o que seja realmente o amor.
Apesar
disso tudo e de todas as mensagens diariamente emitidas pelos mais
variados segmentos da cultura que reforçam esse ciclo de infelicidade
(eles costumam chamar de liberdade), o fato de um vídeo como o exibido a seguir
explodir em número de acessos indica que embora não tenhamos aprendido o
que é o amor, ansiamos por ele lá no fundo de nossos corações.
Às queridas valentes que voltaram ou desejam voltar ao lar, deixo aqui um conselho: abandonemos o amor-criança e avancemos para o amor-adulto, não mais esperando a fantasia da ocasião ideal para começar a amar. A circunstância ideal acabou de se configurar: é agora e sempre, para sempre, em todo o lugar.
Querida Camila
Apesar de não ter participado do curso (ainda), saiba que os seus relatos e muitas vezes desabafos têm me ajudado a compreender o meu retorno ao lar, como mãe, esposa e cristã.Também fui uma "bad girl" e é muito reconfortante e encorajador saber que não estou, que não estamos sós, com a Graça de Deus.
Obrigada!
Oh Camila…que benção! Que o Senhor Jesus nos ajude a amar assim…
Um grande abraço de mais uma mulher cristã, mãe e esposa que acompanha seu blog!
Tenho certeza que foi Deus quem a colocou no meu caminho, ainda que virtual! rsrsrs… Tenho 3 filhos pequenos e, com eles, nasceu o desejo de ficar em casa cuidando deles. Estou me organizando neste sentido, pedindo a Deus a orientação e confiando de que Ele há de me iluminar nesta tarefa. Parabéns pelo blog, cursos e testemunho! Beijos!!!