Na última sexta-feira, dia 10 de outubro, concluímos mais um trecho importante da nossa caminhada homeschooler: terminamos o livro de português recomendado para a terceira série!

Para quem não sabe, trata-se de um livro pertencente a uma coleção da FTD que nos foi recomendado (e presenteado) pelo prof. Carlos Nadalim. Aqui você pode ler mais a respeito, embora a imagem presente no post linkado seja do livro destinado à série anterior, isto é, à segunda série.

Foi a primeira vez que segui um livro didático do início ao fim com a Chloe e, é claro, além de um grande auxílio, o livro me possibilitou algumas experiências interessantes.

A primeira delas foi perceber que, embora o livro seja bom, isso não é garantia de que a minha filha conseguirá entender as explicações e os exercícios conforme eles estão ali expressos. Ou seja, mais uma vez ficou bastante claro o fato de que há muitos modos, muitos jeitos de explicar a mesma coisa.

A segunda coisa que percebi foi que, ainda que o conteúdo seja elaborado por especialistas, muitas vezes o tempo destinado à fixação de cada novo item não é o bastante. Ou seja, mesmo que minha filha aprenda a lição, isso não quer dizer que ela esteja conseguindo fixá-lo pelo tempo necessário para não mais esquecê-lo. Assim, “avançar na matéria”, como muitas vezes ouvimos de nossos professores, nem sempre é uma boa ideia, mas, antes, permanecer na matéria é o melhor, elaborando mais exercícios sobre o mesmo conteúdo. Afinal, de que adianta cobrir uma vasta lista de assuntos se ao final do ano (ou do mês!) a criança já nem lembrará mais aquilo que foi estudado?

Por último, percebi que, mesmo com um bom livro nos servindo como base, precisamos ter uma postura ativa na transmissão do conteúdo aos nossos filhos, caso contrário não seremos capazes de perceber as peculiaridades do seu modo de aprender e do seu ritmo de assimilação, e corremos o risco de achar que a criança é quem possui dificuldade, quando, na verdade, trata-se de mero cuidado de adequação entre o livro e a criança. Por outro lado, uma postura ativa não é sinônimo de intervenção ostensiva. Nossa postura deve ser atenta, cuidadosa, sempre disponível, mas sobretudo discreta, para que à criança seja dada a chance de superar-se e de adquirir sempre mais autonomia.

Agora (e pelo resto do ano), focaremos em um desafio diferente: interpretação textual com Os Lusíadas, de Camões. 😉

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