Olá, pessoal!

Passo aqui para compartilhar com vocês uma resposta que escrevi a uma mãe que me pedia conselhos sobre voltar ou não ao mercado de trabalho após o nascimento do bebê. Suas dúvidas voltavam-se para as objeções frequentemente ouvidas por todos nós sobre o “criar a criança com muito ‘apego'” e acabar criando um “vínculo de dependência”. Assim como nós, a mamãe em questão não quer errar, quer tomar a decisão certa, e, em seus sentimentos, não quer ficar longe do bebê.

Deixo, logo abaixo, minha breve resposta:

Veja, você usou duas expressões interessantes para comunicar a sua dúvida: “apego”
e “dependência”. Embora se pareçam, tais coisas não são sinônimos.
Apegar-se é algo que faz parte da vida de todos os bebês. Não só dos
humanos, mas de todos os bebês do mundo animal, até onde me lembro. Os
bebês (e crianças) precisam de um porto seguro, precisam de proteção,
precisam da certeza de alguém que cuide deles, que se importe, que não
os abandonará. Isso é fundamental para o desenvolvimento emocional
saudável da criança. Sem essa referência concreta o que sobra é o medo, a
insegurança, a carência e a timidez.


Já a questão da dependência é algo que você, voltando ou não para o
trabalho, precisará saber administrar para que não ocorra. Depender é
não conseguir/poder/querer fazer nada sozinho e isso não tem a ver com a
presença materna, mas com a postura da mãe. Uma mãe que subestima ou
mima a criança fazendo tudo por ela criará, obviamente, essa dependência.
Você percebe a diferença entre uma coisa e outra?


Além disso, façamos um exercício: as escolas, tal como hoje as
conhecemos, surgiram por volta de 1800; já as creches e maternais são um
fenômeno muitíssimo mais recente. Como é que a humanidade fazia antes
disso e como eram as crianças criadas dessa outra maneira? Não era
absolutamente normal permanecer na própria casa, com a própria
famílias até a idade dos 7 anos? As crianças, salvo aquelas que
enfrentavam outros problemas, não eram perfeitamente normais? Aliás, a
maioria das pessoas não era muito mais saudável e normal do que os
nossos contemporâneos?


Eu, de minha parte, conforme leio, estudo e vivo a rotina doméstica,
fico cada vez mais convencida de que tomei a melhor decisão.
Por último, recomendo-te vivamente, intensamente, a leitura de
“Maquiavel Pedagogo”, da Ed. Ecclesiae (meus posts sobre o livro podem ser lidos aqui e aqui). Ali você verá o que atualmente
está por trás da escolarização obrigatória e cada vez mais prematura.


Espero ter levantando algumas questões que te ajudem a tomar a melhor
escolha para ti e para tua família.

Eu não canso de me impressionar com o quanto, hoje em dia, o amor, o afeto, a família, a dedicação aos semelhantes têm sido desnaturalizados. Tornou-se incrivelmente  estranho uma mãe que queira ficar junto ao seus filhos, especialmente em seus primeiros anos de vida, mas não é estranho uma mulher que não queira filhos e os substitua (até em palavras) por bichos. E isso tornou-se estranho não só entre o povo em geral, mas mesmo entre mulheres cristãs.


Lembro-me aqui de uma senhora cristã muito querida que, certa feita, vendo-me com o Benjamin ainda bebê, disse-me sem pestanejar: “Esse daí tu vais ter que matricular na escolinha.” Como se me dissesse: “Tu não aguentarás essa praguinha muito tempo e desejará livrar-te dele tão cedo quanto possível.” Olhando para trás não deixo sempre de me espantar com a postura da referida senhora, a qual, apesar da idade e da fé, deixou-se levar por uma mentalidade torpe que diz às mulheres que elas não são capazes de dar conta de seus filhos e de serem felizes assim.

De fato, crendo que há um “plano B” (como delegar a criança a terceiros), uma saída fácil, que os filhos são um fardo, torna-se realmente muito difícil dedicar-se ao criar novas e boas pessoas. No entanto, crendo que isso é o que de melhor se pode fazer, que apesar de não ser fácil é perfeitamente possível, que filhos são bênçãos eternas, verdadeiros presentes de Deus, então o desafio torna-se estimulante e cheio de alegres recompensas.

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  1. Ola Camila, eu e meu marido sempre damos este testemunho…Tenho um filho de 4 meses e sai do trabalho para cuidar dele por tempo indeterminado…Eu lecionava numa escola de musica. um dos meus alunos de 4 anos apenas conseguiu fazer um exercicio na bateria, proporcionando a possibilidade de ensaiar com os meninos maiores, ficou realmente muito interessante então eu disse: "Vamos mostrar pra mamae? Ele disse: " não quero, quero mostrar proo Marcos…Ele era o motorista. Uma aluninha de 5 anos que fazia tenis ingles musica balê e a mae colocou no IOGA porque a criança estava estressada. um outro aluno de 7 anos já mal carater quase deu um soco na minha barriga quando eu estava gravida, detalhe ele falava três linguas, mais o portugues… todos eles conviviam com babas e motoristas…e que num periodo de um ano mudavam muitas vezes…é Camila……não precisamos de mães ricas. precisamos de mães sabias. ( Proverbios 14,1). um grande muito sucesso e realizacøes pra vc. Ass: Katia e Claudio ( facebook/missa.tarso)

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