A pergunta mais repetida por nós, mamães, quando começamos a cogitar o homeschooling ou a educação complementar doméstica certamente é “mas por onde começar?”.
Não poucos ouviram de mim esta pergunta e até mesmo vocês, em outro post, viram que a questão do currículo ainda é um problema para mim, ainda é fonte de pesquisa, ainda é uma questão aberta. Mas, refletindo a respeito, resolvi dar um passo para trás. E é sobre ele que desejo falar a vocês.

Como já mencionei, há uma infinidade de modelos de educação domiciliar disponíveis nos EUA e aguardando por serem descobertos. E é também interessante notar o consenso informal que há entre as famílias praticantes de homeschooling sobre o fato de que não há consenso quanto à opção adotada por cada família. =) Ou seja, todos os homeschoolers têm a liberdade de escolher qual é o método mais adequado e quais são os conteúdos mais relevantes dentro da sua própria realidade familiar/comunitária/regional. Claro, tudo isso sem deixar de lado um eixo comum mínimo, básico.

Por outro lado, tenho percebido um consenso efetivo entre as mães cristãs: aquilo que marcará definitivamente os nossos filhos não são as explicações aritméticas, os exercícios de português/inglês, as pesquisas em ciências, embora tudo isso seja importante; o que os marcará é o modo como os tratamos no tempo em que estamos juntos e isso depende fundamentalmente de quem nós temos sido e de quem nós ainda queremos tornar-nos.
Quando não paramos para pensar em quem temos sido e em quem gostaríamos ainda de nos tornar (aqui, especificamente enquanto mães e donas-de-casa), tendemos a cair num ativismo vazio, convertendo-nos em máquinas de check-lists, em repetidoras cansadas e frustradas de ações nas quais nós mesmas não vemos muito sentido, que dirá nossas crianças. 
Não se trata de negar a realidade pintando um quadro fantasioso de facilidade e bem-aventurança na rotina. A vida de uma esposa/mamãe/professora/dona-de-casa cansa? Sim(!), e como cansa. É uma vida de repetições diárias? Sim, é. Às vezes explodimos e acabamos perdendo a paciência e o foco? Sim, às vezes. PORÉM, quando sabemos quem somos, com nossos defeitos e virtudes, e, quando sabemos especialmente quem desejamos ainda vir a ser, conseguimos integrar as partes do quebra-cabeça e ver um norte, um rumo, um caminho e um caminhar alegres. Conseguimos discernir aquilo que precisa mudar, aquilo que repetíamos inconscientemente, pois foi o modo como aprendemos com nossas mães e que não precisa seguir sendo assim, vemos o quanto Deus tem sido amoroso e paciente conosco, e, justamente por isso, temos também mais amor e mais paciência para dar.

Queridas mamães, comecem por aí, mesmo que, assim com eu, já tenham começado a por a “mão na massa” de fato. Tirem um tempo ainda hoje para pensar sobre isso. Reflitam sobre a imagem que vocês querem imprimir nas memórias e no coração dos seus filhinhos, uma imagem que alegre o nosso Deus. Não tenham medo, às vezes precisamos mudar muitas coisas, mas, com a graça de Jesus, em humildade e obediência a Ele, conseguimos dar um passo de cada vez. Sonhem, orem, trabalhem! E quando caírem, levantem-se rapidamente, humildemente, e Ele as fortalecerá! 


E lembrem-se: não se trata apenas de vocês, mas de quem os seus filhos se tornarão graças àquilo que vocês são, e, novamente, de quem se tornarão os seus netos graças àquilo que vocês fizeram de seus filhos.

Que Deus nos ajude a nos tornarmos uma grande bênção para nossas famílias! Bênçãos que repercutam por gerações e gerações!

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