Os fatos são os seguintes: com a publicação do post no Mídia sem Máscara, o número de pessoas que tomou conhecimento do caso cresceu de modo impressionante, de maneira que outras pessoas passaram a publicar em seus próprios blogues o meu texto. Num destes casos, o dono da página Libertar.in, Marcos Paulo Goes, achou por bem editar as imagens contidas na cartilha, colocando tarjas pretas sobre as genitais das figuras, acrescentando comentários como “É isso o que você quer para os seus filhos?”, “Doutrinação Gayzista”, “Cartilha do Governo para Crianças?” e ainda o selo do Ministério da Educação. Aos paladinos da verdade que me escreveram, deixo-lhes a pergunta: vocês amam tanto, mas tanto assim a verdade que não foram capazes sequer de jogar o nome do blog no google e averiguar o texto em sua página de origem? É esse tipo de “zelo” que vocês têm pela verdade? É sério ou é pegadinha?
Qualquer um que tenha lido o post aqui no blogue ou no Mídia viu que não coloquei nenhuma tarja sobre as imagens, nem escrevi comentário algum sobre as figuras, muito menos acrescentei o selo do Ministério. Os comentários que fiz foram escritos abaixo das imagens, não dentro delas, de modo que a confusão seria facilmente desfeita em coisa de dois cliques. Ou seja: as imagens publicadas por Marcos Paulo Goes são montagens; já as imagens que EU publiquei são totalmente verdadeiras. Portanto, A CARTILHA É REAL.
Além disso, há, no entanto, a alegação de que a cartilha não é distribuída pelo governo. Por favor, leiam o meu post novamente e me digam em que raio de lugar eu escrevi que a cartilha era distribuída pelo governo! O que eu disse, literalmente, foi o seguinte: “Restam dúvidas sobre as intenções do governo com tais cartilhas?” Explico o que quis dizer: nosso governo obriga as escolas a oferecerem isso que eles chamam de “educação sexual” (está lá nos Parâmetros Curriculares Nacionais), de modo que a única diferença existente entre as instituições públicas e privadas de ensino é que, enquanto as primeiras têm o material produzido e distribuído pelo governo, as segundas têm a opção de escolher o material a ser adotado. Ou seja, não há a opção “não ensinar pseudo-educação sexual”; o governo realmente quer que as crianças sejam submetidas a tais conteúdos, e quanto mais cedo, melhor, pois crianças e adolescentes reféns dos mais baixos instintos não costumam criar maiores problemas pelo resto de suas vidas.
Em outras palavras, cada vez mais a família é usurpada em seu papel de formadora moral das crianças, sendo substituída por um programa ideológico conformado às exigências globalistas. E o pior, a maioria das famílias já não vê mais problema algum nesse tipo de situação, ou, se vê, já não reage. O Brasil está em um estado de coma moral.
Por último, o que mais me espantou e revoltou nos textos que recebi foi uma espécie de “fundamentação cristã” para essa violência que o governo impõe às escolas e, consequentemente, às crianças. Houve até quem citasse o livro de Oséias (4:6) para justificar um tal absurdo! Como se o povo padecesse pela falta de conhecimento técnico sobre putaria e não pela falta do conhecimento de Deus! Há também quem jogue os filhos aos leões mas resguarde a si mesmo por detrás de chavões do tipo “é melhor que aprendam na escola do que na rua”, “se a gente não ensina, a vida ensina”, “isso tudo é hipocrisia, pois na hora de fazer, todo mundo faz”. Sim, quem disse isso se diz cristão. Mas Pilatos é o que são.
Deixo abaixo a lista completa do material utilizado pela escola em que estudam as filhas da Rejane Soares, para que os sensatos se previnam e os safados se antecipem.
Coleção Educação Sexual, de Cida Lopes.
1- Que confusão- Por que é tão difícil falar sobre sexo;
Parabéns Camila – estou com você. Sou pai de três crianças e acho um absurdo a postura não só do governo mas de pseudo religiosos que abraçaram a causa de destruição da família.